domingo, 14 de abril de 2013

Viver pior: Monsanto, Obama e Dilma

Li no jornal, como se fosse um progresso espetacular, que o presidente dos Estados Unidos convidou a presidenta do Brasil para receber honrarias e se hospedar na Casa Branca.

Recebi no meu email a estarrecedora notícia de que o presidente dos Estados Unidos assinou uma lei de inteira proteção à Monsanto para ela fazer o que quiser com alimentos transgênicos, modificados, patenteados. Abaixo, a íntegra.

O Brasil já é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e a liberação dos transgênicos aqui foi feita de forma escancaradamente despótica, ignorando todos os argumentos contrários. Na época escrevi que a presidenta só pensava no desenvolvimento, não nas pessoas.

Depois veio o "Consumam, consumam porque precisamos arrecadar impostos para aumentar o número de consumidores para arrecadar mais impostos!" E os brasileiros reduziram o consumo de feijão, aumentaram o de porcaritos, biscoitos recheados e refrigerantes.

O desgoverno impera. Salve-se quem puder.



Obama assina Lei de Proteção à Monsanto, que coloca empresas de biotecnologia acima dos tribunais
Boletim da AS-PTA número 624 - 12 de abril de 2013
Car@s Amig@s,
A Monsanto e outras empresas de biotecnologia detêm agora nos EUA um poder inédito. Apesar da reação pública que incluiu a coleta 300 mil assinaturas em uma petição organizada pelo grupo Food Democracy Now!, o presidente Barack Obama assinou no dia 28 de março a Lei HR 933 trazendo um enxerto que a tornou conhecida como “Lei de Proteção à Monsanto”.
A inclusão da parte da Lei HR 933 que lhe rendeu o apelido é atribuída ao senador republicano Roy Blunt, do estado de Missouri. Segundo informações publicadas no jornal New York Daily News, o texto foi elaborado com a colaboração da Monsanto. Dados da organização Money Monocle, que divulga informações sobre o financiamento de políticos norte-americanos, revelam que o senador Blunt foi o político republicano que mais recebeu financiamento da empresa nos últimos anos.
O trecho polêmico da nova lei, que vigorará até setembro de 2013, diz que, no caso da invalidação de uma autorização de planta transgênica, o secretário de agricultura deverá imediatamente garantir a sua permissão temporária, não obstante qualquer outra disposição de direito requerida por agricultores ou afins. As condições temporárias “deverão autorizar o transporte, a introdução, a continuação do cultivo, a comercialização e outras atividades específicas, incluindo medidas desenhadas para mitigar ou minimizar potenciais efeitos ambientais adversos, se existirem, consideradas relevantes pelo secretário na avaliação do pedido de autorização”.
Uma legião de grupos da sociedade civil, incluindo organizações de consumidores e de produtores orgânicos, alerta que medida fere a constituição do país e abre um precedente legal, colocando a Monsanto e outras empresas de biotecnologia acima dos tribunais federais. Segundo a avaliação desses críticos, a lei nega a autoridade dos tribunais de cessar imediatamente a plantação e a venda de colheitas transgênicas mesmo na hipótese de serem constatados riscos ambientais e/ou para a saúde dos consumidores.
Curiosamente, a lei motivou manifestações de preocupação tanto por políticos democratas como por representantes da extrema direita. O caso é tão gritante que até mesmo o FreedomWorks, grupo conservador que ajudou a lançar o Tea Party, declarou que as empresas deveriam “jogar segundo as regras do livre mercado assim como todo mundo, ao invés de contratar lobistas para reescrever as regras em seu benefício em Washington”. Dustin Siggins, blogueiro do Tea Party Patriots, chamou a medida de “brecha de interesse especial” para amigos do Congresso. “Estamos acostumados a subsídios, que dão nossos impostos a empresas para conferir-lhes vantagens sobre competidores. Estamos acostumados a brechas tributárias de interesse especial e créditos fiscais, que proporcionam benefícios competitivos e financeiros àqueles com amigos no Congresso. E estamos acostumados com aumentos da carga regulatória, que frequentemente impedem pequenas empresas de competir com as grandes devido aos custos de adequação. Mas este é um tipo completamente diferente de prêmio. É uma situação em que é dado a uma empresa o poder de ignorar decisões judiciais, no que se resume a um esquema de desregulamentação para um determinado conjunto de indústrias”, escreveu ele.
John Vidal escreveu no jornal inglês The Guardian que a notícia boa com relação à Lei de Proteção à Monsanto, segundo seus oponentes, é que por fazer parte de uma lei financeira mais ampla e temporária, ela será formalmente expirada em setembro. A notícia ruim, no entanto, é que o precedente foi aberto e é improvável que a maior empresa de sementes do mundo e principal condutora da polêmica tecnologia transgênica vá aceitar abrir mão de sua nova proteção legal. A empresa, de fato, agora dita as regras.
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Com informações de:
Sen. Roy Blunt: Monsanto's Man in Washington – Mother Jones, 04/04/2013.








quinta-feira, 11 de abril de 2013

MAIO, FINALMENTE EM BH: MEDITANDO NA COZINHA COM SONIA HIRSCH



ALÔ ALÔ BELO HORIZONTE: CURSO
MEDITANDO NA COZINHA COM SONIA HIRSCH
DIAS 16, 17 E 18 DE MAIO
(5a e 6a à noite, sábado pela manhã)
NO SALÃO PAROQUIAL DA IGREJA DO CARMO
:-)
informações e reservas com
PRISCILA COUGO priscilacougo@yahoo.com.br
::
Olhar para si
olhar os alimentos
juntar o de fora com o de dentro
ir um pouco além da comida:
esta a proposta do trabalho
Meditando na Cozinha com Sonia Hirsch

1
autoconhecimento e desejo de transformação pessoal
o universo de alimentos e suas peculiaridades
naturais x industrializados, a grande diferença
a dieta do dr Barcellos contra câncer e alergias
o cardápio do dia a dia

2
meditação: mente relaxada e silenciosa
cozinhar como espaço de meditação
os 5 sentidos e a consciência aqui agora
o quente, o frio, o seco e o úmido

3
cozinha medicinal da China e do Japão
parasitoses, evitar e tratar
candidíase crônica, evitar e tratar
ervas e temperos na comida e nos chás

quinta-feira, 4 de abril de 2013

DENGUE? INHAME INHAME!



A saúde é simples, as doenças é que são complicadas.

Por séculos e séculos populações tropicais sobreviveram comendo apenas o que dava no local onde tinham suas aldeias. Nas regiões úmidas, ladeando as grotas, sempre houve fartura de inhame - na Ásia, na África, na América do Sul. Fácil de colher, fácil de preparar e ainda por cima gostoso, o inhame se tornou um dos principais alimentos básicos desses povos.

O que não se sabia é que, durante séculos e séculos, o pequeno e cabeludo inhame estava protegendo as gentes da malária, da dengue, da febre amarela. E eis que chegou a mandioca, aipim, também deliciosa e fácil. Que além do mais dava boa farinha, própria para guardar ou fazer pão, goma para a tapioca de cada dia e ainda bebidas alcoólicas como cauim, alué e tiquira, que ajudavam a esquecer e sonhar. O inhame ficou pra lá. As gentes começaram a morrer de malária. Isso foi muito bem observado na África, onde as roças de inhame foram substituídas por seringais.

Comer inhame continua funcionando para evitar e tratar as doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue. Há algo no inhame, talvez o altíssimo teor de zinco, que neutraliza no sangue o agente infeccioso transmitido pelo mosquito. Diz o povo que é seu visgo que tem poderes. Não se sabe ao certo. A pesquisa científica ainda não se interessou.

Até pouco tempo atrás circulava nas farmácias um tônico centenário à base de inhame e salsaparrilha, o Elixir de Inhame Goulart, usado até como coadjuvante no tratamento de sífilis. A Anvisa não renovou a licença por falta de comprovação da eficácia. Nada corre mais perigo hoje em dia do que uma coisa barata com propriedades medicinais.

Mas o inhame ainda está nas feiras e mercados para quem quiser se beneficiar dele. Cru, cozido, amassado, em sopa, em creme, em caldo, batido com água de coco ou como massa de pizza: veja as receitas em www.correcotia.com/inhame . Bom, barato, gostoso. Para quem acredita mais na saúde do que na doença.

(postagem original 11.1.2011)