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Com suspensão de licenças de Belo Monte, danos devem ser reparados
Com a divulgação, nesta quinta (23), do acórdão da decisão do Tribunal Regional Federal da 1a Região (TRF1) que paralisou a hidrelétrica de Belo Monte, acompanhada de notificações ao Ibama e à Norte Energia, a empresa foi obrigada a parar as atividades sob pena de ter que pagar a multa de R$ 500 mil/dia estipulada pelo TRF1.
A informação é do Movimento Xingu Sempre Vivo, 23-08-2012.
O
acórdão, que detalha os votos dos três desembargadores que decidiram
pela nulidade do decreto que autorizou o projeto de Belo Monte, deixa
claro que todas as licenças até agora emitidas pelo Ibama – licença prévia, licença de instalação, licenças de desmatamento, ect – são inválidas.
Segundo a sentença, a decisão visa “coibir o Ibama de praticar qualquer ato administrativo, e torna subsistentes aqueles já praticados, referentes ao licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (…)
em decorrência da invalidade material do decreto Legislativo 788/2005,
por violação da norma do art. 231 (…) da Constituição Federal (…) e da Convenção 169 da OIT, ordenando às empresas executoras do empreendimento hidrelétrico de Belo Monte,
em referencia, a imediata paralisação das atividades de sua
implementação, sob pena de multa coerciva, no montante de R$ 500.000,00
(quinhentos mil reais) por dia de atraso no cumprimento do provimento
mandamental em tela”.
De acordo com a Antonia Melo,
coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, juristas de renome
avaliaram que, na vigência da decisão do TRF1, subentende-se que deve
haver o desmonte das obras já feitas e a recomposição ambiental da
região. Também cabem ações de indenização aos atingidos. “Vamos fazer
uma consulta à assessoria jurídica do movimento para saber quais são as
ações cabíveis para garantir a reparação dos danos causados às
populações atingidas por Belo Monte. Como já anunciamos esta semana, entendemos que, como as licenças da usina são inválidas, a Norte Energia
terá que reverter todas as ações que causaram impactos no rio, nas
pessoas e no meio ambiente. É isso que vamos exigir. Finalmente a
Justiça fez justiça e parou Belo Monte. Agora queremos que tudo que lembre esse projeto genocida desapareça das nossas vidas”.
Para ver o acordão na íntegra, clique em http://www.xinguvivo.org.br/wp-content/uploads/2012/08/Acord%C3%A3o-BM-42.pdf
Bravissimo!
ResponderExcluirQue notícia boa de receber, valeu Sonia!
Meu irmão edita uma revista com amigos em BH e na edição passada saiu essa matéria emocionante deste promotor público da região de belo monte. acho que vc vai gostar: http://piseagrama.org/artigo/340/belo-monte-de-violencias/
beijo grande