segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Candidíase, o blog: Início da publicação do livro em posts
Finalmente deu tempo e comecei a publicar o livro Candidíase, a praga - e como se livrar dela comendo bem num blog todo seu, em forma de posts.
Espero que não atrapalhe as festas de ninguém - e que, depois delas, como resolução de ano novo, possamos pensar de novo em comer melhor ;-)
Feliz Natal! Muitas alegrias, comestíveis ou não!
Espero que não atrapalhe as festas de ninguém - e que, depois delas, como resolução de ano novo, possamos pensar de novo em comer melhor ;-)
Feliz Natal! Muitas alegrias, comestíveis ou não!
domingo, 5 de dezembro de 2010
Milho crioulo: Sementes preservadas
Ainda falando do que se planta e do que se come:
Zero Hora-RS, 12/11/2010
Projeto selecionou 22 produtores como guardiões da espécie
Lavouras de milho começam a se desenvolver em todo o Estado, mas, em Tenente Portela, têm um ingrediente especial: a utilização de sementes crioulas, com o objetivo de que as espécies não se percam em meio ao uso dos transgênicos.
O agricultor Leonel Lanz de Azevedo, 49 anos, maneja as sementes crioulas de milho como se fossem um tesouro. Cuidadosamente, coloca-as em garrafas. Tem consciência de que ali está guardando sua contribuição para a manutenção de uma espécie.
Morador de Alto Alegre, interior de Tenente Portela, onde cultiva dois hectares para subsistência, Azevedo é um dos 22 “guardiões” das sementes selecionados pela prefeitura para a missão de preservar espécies crioulas.– São sementes passadas de geração em geração. Sinto muito orgulho em preservá-las – explica o agricultor. Mesmo sabendo que a espécie não é tão rentável quanto o milho transgênico [ponha os custos na ponta do lápis e verá que a realidade é outra], conhece a importância da missão.
O programa Guardiões da Agrobiodiversidade é uma iniciativa do Departamento de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural de Tenente Portela, em parceria com a Emater, o Conselho de Missão Entre Índios (Comin), o Conselho Intereclesial de Igrejas e o Ministério da Agricultura.A iniciativa reúne ainda três grupos indígenas, que preservam espécies nativas.
Os guardiões recebem recursos para subsidiar o plantio das variedades e acompanhamento de técnicos para organização, planejamento da produção e melhorias nas propriedades. Até o momento, já foram identificadas e estão sendo resgatadas 14 variedades de milho crioulo e uma de milho nativo.
A Embrapa desenvolve programa semelhante. O grande diferencial das sementes crioulas está na qualidade da alimentação que proprocionam, como explica o pesquisador do órgão Gilberto Bevilaqua:
– Muitas chegam a ter 10, 20 vezes mais aminoácidos essenciais, minerais e outros micronutrientes.
Notícia boa: MT diz não à soja transgênica e Embrapa apoia
Não que eu seja fã de soja. Como todo mundo aqui sabe, soja, só fermentada - missô, tempê, natô e shoyu não pasteurizado, o que é raríssimo. Ou seja, pra que tanta soja?
Mas adorei a ripada na Monsanto e tinha que publicar. Tomara que o Brasil reaja agora com mais firmeza à manipulação das grandes empresas. Não só de alimentos.
Sobre a AS-PTA, entidade que luta por um Btasil livre de transgênicos:
Mas adorei a ripada na Monsanto e tinha que publicar. Tomara que o Brasil reaja agora com mais firmeza à manipulação das grandes empresas. Não só de alimentos.
enviado por boletim@aspta.org.br | http://www.aspta.org.br/por-um-brasil-livre-de-transgenicos/boletim/
Embrapa lança no MT ‘Soja Livre’ para combater transgênicos da Monsanto
A Embrapa, juntamente com a Associação dos produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja) e a Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange), lançaram em 9 de novembro o ‘Programa Soja Livre’, que visa ampliar a distribuição de sementes convencionais e reduzir progressivamente o plantio de sementes transgênicas no estado. As informações são da Rede Brasil Atual.
O ‘Soja Livre’ será iniciado com a implantação de unidades de demonstração de 18 variedades convencionais em todo o estado, que é o principal produtor de soja do país. Atualmente, cerca de 30% da produção de soja do Mato Grosso é convencional.
A utilização de sementes não modificadas sofreu grande redução nos últimos anos devido à falta de fornecimento. As grandes empresas nacionais fornecedoras das sementes convencionais foram absorvidas por multinacionais como a norte-americana Monsanto, que fornece sementes geneticamente modificadas resistentes aos seus próprios venenos e não às condições climáticas ou insetos.
“Existe uma demanda dos próprios agricultores por mais opções de variedades convencionais. Com isso, a Embrapa volta ao mercado de Mato Grosso, do qual ficamos fora durante muito tempo”, afirma Lineu Domitti, chefe de comunicação e negócios da estatal no estado.
Segundo técnicos da Embrapa, vários países, em especial os europeus, exigem comprar a soja que não tenha alteração genética. “Todo mundo começou a focar no transgênico porque não tinha um mercado que valorizasse o convencional”, destaca Glauber Silveira, presidente da Aprosoja. “Agora, com esse mercado valorizado, começa a ser vantajoso voltar a produzir (a variedade sem modificação genética)”.
A Embrapa espera que os próprios agricultores voltem a possuir seus bancos de sementes, e não depender mais dos estoques das multinacionais, revertendo a atual escassez do estado.
Fonte: Jornal Hora do Povo, 17/11/2010
Sobre a AS-PTA, entidade que luta por um Btasil livre de transgênicos:
"A AS-PTA tem como missão apoiar a construção de capacidades políticas e institucionais de organizações da agricultura familiar para que elas assumam de forma crescente o protagonismo na formulação e defesa de padrões de desenvolvimento rural que associam a equidade social, a viabilidade econômica e a conservação dos recursos ambientais.
Ao assumir para si essa missão, a AS-PTA incorpora em seu enfoque estratégico o desafio de promover transformações no mundo rural brasileiro com base nas iniciativas dos atores sociais coletivos organizados desde o âmbito local até o nacional. Desse ponto de vista, os Programas de Desenvolvimento Local da AS-PTA constituem espaços de exercício de enfoques inovadores de construção do conhecimento agroecológico orientados para a constituição de redes sociais conformadas por agricultores-experimentadores responsáveis pela emergência de projetos locais de ocupação e uso dos territórios rurais.
Com base nessa concepção estratégica, a AS-PTA coloca no seu horizonte de longo prazo a construção de uma sociedade rural assentada num forte e dinâmico setor de agricultura familiar viabilizado pelo acesso equânime aos recursos naturais e por um modelo produtivo orientado pelo paradigma agroecológico.
Atuando nas temáticas da promoção da agroecologia e do fortalecimento da agricultura familiar, a AS-PTA desenvolve programas locais na região que integra municípios do Centro-Sul do Paraná e do Planalto Norte de Santa Catarina (Sul do Brasil), no Agreste da Paraíba (Nordeste do Brasil) e na cidade do Rio de Janeiro, com o Projeto de agricultura urbana. Através da vinculação a redes da sociedade civil e da participação em diferentes espaços públicos, a AS-PTA mantém também uma presença efetiva no plano nacional."
Alô alô, Friburgo: Palestra & autógrafos dia 7, 3a feira, às 10:30, no Teatro Municipal
É o 4o Festival Internacional de Cinema Socioambiental de Nova Friburgo, RJ, que rola de 6 a 12 de dezembro, e me convidaram a participar das atividades paralelas com uma palestra, Comer bem, comer mal, que tem tudo a ver com o socio e o ambiental.
Aproveito para lançar em Friburgo o livro novo, Candidíase, a praga - e como se livrar dela comendo bem. Esse "a praga" no título se refere justamente a um dos maiores problemas socioambientais do planeta, especialmente no Ocidente: quanto mais consumimos alimentos de má qualidade, mais doentes ficamos.
No site do Festival está toda a programação, pra lá de interessante. Imperdível para quem gosta de cinema.
Chego para a abertura, dia 6, e falo no dia seguinte de manhã. A gente se vê lá!
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