"A democracia e o estado de direito pedem passagem hoje, ao meio-dia, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Assine aqui o manifesto em defesa das instituições
Hoje, ao meio-dia, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, será lido o Manifesto em Defesa da Democracia. Ele veio a publico com 59 assinaturas iniciais, conforme vocês leram ontem à noite aqui, porque é preciso que um grupo se proponha a dar a largada, vocalizando aquela que é certamente a opinião de milhões de brasileiros. O texto está aberto a quantos queiram endossá-lo. Depois da leitura, UM SITE ABRIGARÁ O DOCUMENTO PARA A COLETA DE NOVAS ASSINATURAS. E a deste escriba estará lá, com muita honra. Tenho a certeza de que, em breve, seremos muitos milhares.
Prestem atenção à lista inicial de nomes. Ela dá conta justamente dessa diversidade. Não são pessoas que pensam a mesma coisa. Num debate sobre os rumos do país, muitos ali teriam divergências severas. Mas todos têm uma coisa em comum: a certeza de que a democracia e o estado de direito são conquistas das quais o Brasil não pode abrir mão. Todos comungamos da convicção de que o Brasil precisa aprimorar, e não depredar, os mecanismos institucionais para o pleno exercício da justiça e da cidadania.
Nenhum partido é dono da sociedade civil. Nenhum partido é “gerente” da história. A nenhum governante é lícito decidir quem representa e quem não representa “a alma de nosso povo”. Elegemos governantes para que respeitem as leis democráticas e para que as aperfeiçoem ou as mudem segundo as regras que a própria democracia prevê e abriga. Tentam dar um golpe, estes sim, os que pretendem calar a divergência, na certeza de que são os monopolistas do bem, do belo e do justo.
É a defesa das instituições que reúne num mesmo documento, entre outros, o jurista Hélio Bicudo; o líder católico e militante dos direitos humanos dom Paulo Evaristo Arns; os professores José Arthur Giannotti, Leôncio Martins Rodrigues e Marco Antônio Villa; o ex-ministro Mailson da Nóbrega; o poeta Ferreira Gullar; a atriz Rosamaria Murtinho e o ex-ministro do STF Sidnei Sanches.
Somos muitos — pessoas das mais variadas profissões, formações e mesmo ideologias — a cobrar não mais do que respeito à Constituição, às leis, às instituições e à liberdade de imprensa. Ou será que, com a truculência retórica que está se tornando costumeira, os espadachins da reputação alheia porão em dúvida as credenciais democráticas desses homens e mulheres?
NÃO ESTAMOS CANSADOS! AO CONTRÁRIO! ESTAMOS CHEIOS DE ENERGIA PARA DEFENDER A DEMOCRACIA, O ESTADO DE DIREITO E A LIBERDADE DE IMPRENSA.
Abaixo, segue a íntegra do documento. Um bom exercício é confrontar o seu conteúdo com o manifesto que o PT e sindicalistas estão divulgando contra a liberdade de imprensa. De um lado, a civilização democrática; de outro, o flerte bom a barbárie ditatorial.
Segue o texto do manifesto. Divulgue, espalhe, multiplique. Não estamos pensando no próximo outubro, mas em todos os outubros que virão."
Por Reinaldo Azevedo
MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA
Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.
Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.
Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.
É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.
É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.
É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.
É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.
É constrangedor que o Presidente da República não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há “depois do expediente” para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no “outro” um adversário que deve ser vencido segundo regras da Democracia , mas um inimigo que tem de ser eliminado.
É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.
É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.
É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.
Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para rasgar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.
Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.
Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos.
Os primeiros signatários do manifesto em defesa da democracia
01. Hélio Bicudo
02. D. Paulo Evaristo Arns
03. Carlos Velloso
04. René Ariel Dotti
05. Therezinha de Jesus Zerbini
06. Celso Lafer
07. Adilson Dallari
08. Miguel Reali Jr.
09. Ricardo Dalla
10. José Carlos Dias
11. Maílson da Nóbrega
12. Ferreira Gullar
13. Carlos Vereza
14. Zelito Viana
15. Everardo Maciel
16. Marco Antonio Villa
17. Haroldo Costa
18. Terezinha Sodré
19. Mauro Mendonça
20. Rosamaria Murtinho
21. Marta Grostein
22. Marcelo Cerqueira
23. Boris Fausto
24. José Alvaro Moisés
25. Leôncio Martins Rodrigues
26. José A. Gianotti
27. Lurdes Solla
28. Gilda Portugal Gouvea
29. Regina Meyer
30. Jorge Hilário Gouvea Vieira
31. Omar Carneiro da Cunha
32. Rodrigo Paulo de Pádua Lopes
33. Leonel Kaz
34. Jacob Kligerman
35. Ana Maria Tornaghi
36. Alice Tamborindeguy
37. Tereza Mascarenhas
38. Carlos Leal
39. Maristela Kubitschek
40. Verônica Nieckele
41. Cláudio Botelho
42. Jorge Ramos
43. Fábio Cuiabano
44. Luiz Alberto Py
45. Gabriela Camarão
46. Romeu Cortes
47. Maria Amélia de Andrade Pinto
48. Geraldo Guimarães
49. Martha Maria Kubitschek
50. Gilza Maria Villela
51. Mary Costa
52. Silvia Maria Melo Franco Cristóvão
53. Glória de Castro
54. Risoleta Medrado Cruz
55. Gracinda Garcez
56. Josier Vilar
57. Jussarah Kubitschek
58. Luiz Eduardo da Costa Carvalho
59. Tereza Maria de Britto Pereira
É interessante notar como a classe mídia se mobiliza e recorre aos valores democráticos e de liberdades quando, mesmo dentro de suas regras democráticas, vê seus interesses de classe ameaçados. Conclamam assinaturas a listas encabeçadas por intelectuais e proeminentes contra a barbárie trabalhadora, no caso, sindicalistas e seus representantes partidários. Foi assim contra as cotas para afro-descendentes nas universidades públicas, foi assim na marcha da família durante o governo Jango e, parece, que será sempre assim contra o inimigo que vem das classes trabalhadoras. Parabéns, por mais este exemplo didático.
ResponderExcluirFalou, falou e não disse nada. Nem assinou. Fez bem.
ResponderExcluirSonia,
ResponderExcluirAdmiro muito seu trabalho nesse blog, mas acho que vc está equivocada.
Quais instituições estão sendo ameaçadas?
Olha só as pessoas que assinam esse manifesto..
Ficar lendo jornais como Globo, Folha de Sao Paulo, Estadão e Veja é estar desinformado pois estes veículos estão fazendo uma campanha descarada a favor do candidato Jose Serra e outros da Marina Silva.
Todas as instituições estão funcionando e não há uma crise institucional como os neoudenistas de hoje dizem por aí. Ou seja, querem guanhar no tapetão.
Suzana
Muito bem! Concordo: é realmente aviltante, repugnante, lamentável,inconcebível, etc. que a grande imprensa, dita "independente" (quiá, quiá, quiá), só enxergue as prováveis falcatruas de um dos lados dessa eleição. Cadê a roubalheira das privatizações?(que falta faz um Aloysio Biondi!)Cadê o escândalo da Alston? As falcatruas do CDHU (desde a época do Covas)? O roubo para contas privadas da verba de publicidade da Nossa Caixa? A compra de congressistas para a aprovação da reeleição de FHC? A concorrência SIVAM-Raytheon, etc, etc... E mais recentemente, cadê o superintendente do Dersa que sumiu com 4 milhões de arrecadação pra campanha (caixa dois)do Serra?
ResponderExcluirQuero decência, sim. A começar pela imprensa! Abaixo o partidarismo rasteiro da grande mídia! Estão querendo nos tratar como imbecis!
Oi, Suzana e Sérgio, eu não tenho paixões políticas. Não sou PT nem PSDB, muito menos militante da Marina. Botei isso aqui porque, como jornalista e como cidadã, estou triste e chocada com os acontecimentos recentes e as declarações do presidente.
ResponderExcluirEntendo que os governos - todos - são caleidoscópios de interesses e que ninguém está acima dessa realidade; Lula provou isso quando fez seus acordos, como FH fez os dele antes.
Mas entendo também que a situação da educação e da saúde está cada vez pior, que há uma distância enorme entre os ministérios em Brasília e o povo, que aumentar o poder de consumo não é propriamente melhorar a qualidade de vida.
Não, não estou feliz com esse governo. Nunca estive feliz com nenhum. Possa eu viver o suficiente para ver alguém, algum grupo, partido, nação, realmente governar com o povo e para o povo.
Assino esse manifesto com muito prazer,e mais, acredito que todos os cidadãos de bem desse país, também deveriam fazê-lo.
ResponderExcluirO Brasil está prestes a se tornar uma nova Cuba. É notório que nosso Presidente tem um apego profundo pelo autoritarismo, sendo que o mesmo já disse que se pudesse acabaria com o MP e o Judiciário nesse país. Pelo que se avizinha, daqui a pouco teremos jornais sendo fechados pelo governo, assim como acontece na Argentina e na Venezuela...
E mais, também não tenho paixões políticas, sou apartidário.
ResponderExcluirE por favor, a corrupção e o aparelhamento da máquina nesse governo é uma tragédia. Caso de polícia. Pouco me importo se com FHC foi pior ou não, o governo já passou, não posso fazer nada a respeito. Agora, em relação a esse, todos podemos.
Tem um artigo muito bom da Miriam Leitão no Globo de ontem. Ela diz que o Lula tem alguns traços que revelam essa tendência autoritária. Eu acho que ele se empolga e exorbita sem querer. Deve estar numa euforia única; entendo bem, e acho que merece grande parte da aprovação que tem. É um brasileiro notável. Por isso mesmo tinha que segurar melhor a onda e não partir para a bronca. "Bronca é arma de otário", já diz o ditado. Poderia também subir um degrau, do paternalismo ao companheirismo inteligente e lúcido. Mas é um político...
ResponderExcluirQuanto ao resto, Jorge, acho que em todos os governos tivemos denúncias de corrupção e aparelhamento da máquina. Como mensurar?
Tb não tenho paixão política, nem sou de um ou outro partido. Mas agora querem mandar até no que a gente lê? Se esses órgãos citados estão "fazendo campanha descarada" para o Serra, a Carta Capital e a Caros Amigos, entre outros, fazem "campanha descarada" para quem mesmo?
ResponderExcluirQue eu saiba, no nosso país, ainda podemos ler e escrever o que quisermos, assim como votar e/ou apoiar x, y ou z.
Oi, Jussara, sabe que eu até ia votar na Dilma? Alguns dos meus amigos estavam de cara feia pra mim, dizendo que a roubalheira era muita, e eu nem aí. Mergulhada no livro novo, não estava lendo jornal. Foi só voltar a ler que entendi o que eles estavam dizendo.
ResponderExcluirAcontece que tenho amigos queridos trabalhando em Brasília, inclusive na casa civil, e são pessoas sem a menor possibilidade de endossar negociatas, que me falam muito bem da Dilma e do PAC. E eu ainda quero acreditar que o Lula seja a pessoa com mais capacidade não só de pensar o Brasil mas de fazer as reformas necessárias, que exigem tempo. Votar na Dilma, pra mim, era votar na continuidade do Lula, sem terremotos no segundo escalão e demora na retomada da governabilidade, e não se fala mais nisso. Agora, já não sei. Ele demite as pessoas mas bota a culpa na imprensa. A grandeza se vai pelo ralo.
Aliás, quem quiser se aprofundar no assunto poderia ler o que está hoje no blog da Miriam Leitão, http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2010/09/22/peso-da-corrupcao-326410.asp .
ResponderExcluirUm trecho: "O rebaixamento dos padrões morais e a repetição produzem descrença no cidadão. Parece um filme visto e revisto. As autoridades afirmam nada saber e invocam o princípio jurídico da dúvida em favor do réu. Que ninguém duvide que esse princípio é fundamental. Mas está na hora de alguém invocar um princípio que proteja a vítima da repetição incessante dos desvios do dinheiro coletivo.
Na economia, os reflexos não são menos corrosivos. Aumentam custos, induzem à ineficiência. Como o grande mercado de qualquer economia é o de compras governamentais de mercadorias e serviços, e como é o setor público que distribui licenças de operação de serviços, todas as empresas se organizam na lógica da corrupção. Em vez de buscar a eficiência, se esforçar por uma tecnologia ou um processo de produção mais barato para ganhar a licitação, é muito mais lucrativo recrutar quem sabe entregar o envelope à pessoa certa. Os funcionários das empresas que sabem aumentar a eficiência, reduzir o custo ou promover o salto tecnológico do produto a ser vendido ao Estado têm menos importância do que os que conhecem corredores, gavetas, bolsos ou contas bancárias das pessoas certas.
Dessa forma, cria-se um ambiente de contágio mútuo, um círculo vicioso. Quanto mais a empresa corrompe, mais o Estado é corrompido. Quanto mais o Estado é corrompido, mais qualquer negócio com ele só pode ser feito mediante o pagamento por fora. Quanto mais se paga propina, mais o serviço encarece e perde qualidade. Quanto mais avança esse processo, mais se criam privilégios e cartórios.
Num país assim, os melhores investidores não entram. O risco e o grau de incerteza crescem. O país passa a atrair investidores que sabem jogar o mesmo jogo e isso acaba contaminando também o capital externo que entra.
A corrupção tem de ser vencida, porque é um obstáculo ao progresso político, econômico e institucional. Mas essa grave barreira ao nosso futuro é discutida aos espasmos, a cada novo escândalo. A solução não é pregar o moralismo que já nos levou a outros descaminhos. A solução sempre será prestação de contas, transparência e punição."
Obrigada, Miriam Leitão, por saber escrever tão bem o que a gente sente e não consegue colocar em palavras.
Sônia, eu não quero mensurar absolutamente nada. O que não podemos é aceitar o que acontece, pelo simples fato de que "acontecia em governos passados"... Devemos rechaçar essas posturas através do voto. É a única arma que temos.
ResponderExcluirE sobre a Míriam Leitão, isso sim é competência...
Sônia,
ResponderExcluirSou mais um dos tantos que visita o teu blog, diga-se de passagem, maravilhoso.
No entanto, não posso silenciar diante de um post dessa natureza. Se existe algum golpe em marcha ele está sendo patrocinado por uma pequena elite midiática que sempre manipulou corações mentes. A internet, aliás, é uma ferramenta poderosa para desmascarar as mentiras e falácias disparadas contra o atual governo. Não cabe aqui entrar no mérito dos erros e acertos do Lula, fica apenas o registro que os tais "intelectuais" (salvo as honrosas exceções de sempre) ficaram quietinhos durante toda a bandalheira e entreguismo patrocinados pelos tucanos na época do FHC.
Cá pra nós, levar a sério figuras como reinaldo azevedo e miriam porcão é de doer.
Abraço.
Oi, Rafael, de doer é você querer ter razão sem um argumento sequer, só pra dizer que está contra a imprensa, na qual me incluo com muito gosto.
ResponderExcluirSônia, longe de mim querer polemizar contigo, muito pelo contrário, mas tentar desqualificar quem fez uma crítica devidamente fundamentada não combina com o teu blog.
ResponderExcluirSó pra constar, até mesmo porque vc não deve ter lido com atenção o meu comentário anterior, me referi expressamente a "elite midiática" e não a imprensa na qual vc se incluiu.
Ou será que vc é daquelas que acredita na "imparcialidade" da grande mídia? Que os Marinho, Frias e Civitas da vida são iogues desapegados?
Abraço.
Sonia,
ResponderExcluirMe desculpe, sem querer ofender mas citar Miriam Leitao não é estar bem informada...muito pelo contrário...
Não precisanos de mais argumentos pois os fatos estão aí.
Aliás, dê um fato concreto de que o presidente quer calar a imprensa?
Ou a imprensa está acima do bem e do mal e não é partidária?
Pelo amor de Deus...
É só conhecer um pouquinho a história mais recente do país.
A UDN E OS GOLPISTAS DE VOLTA pelo jeito.
Helena
Helena
Desculpe, Rafael, mas, primeiro, qual foi a crítica devidamente fundamentada que você fez? Acha bacana achincalhar o nome da Miriam Leitão nos comentários deste insignificante blog?
ResponderExcluirSegundo, minha carteira profissional é de 66. Trabalhei para os Civita e os Marinho, depois novamente para os Civita. Conheço por dentro a grande mídia e aprendi muito com ela. Não é por ser autora, editora e blogueira independente que deixo de ser jornalista.
Não, a mídia quase nunca é imparcial. Eu e você não somos. Política, especialmente, não é. Por isso a gente escolhe o jornal que compra e o partido que apoia.
Quanto ao governo, tem que ser honesto. E não basta ser honesto, tem que parecer honesto. Desde os tempos da mulher de César.
Xi, Helena, não vou nem responder... O que é, para você, estar bem informada? O que você faz na vida, se não for demais perguntar?
ResponderExcluirSônia,
ResponderExcluirRealmente lamento a tua dificuldade em lidar com o contraditório. Ao que parece vc nutre um gosto especial em desqualificar os teus leitores simplesmente pelo fato de não concordarem com um manifesto ridículo, que insiste na tese que a democracia e a liberdade de imprensa estão em risco no país.
Qual é o próximo passo? Uma passeata em nome da família, da tradição e da propriedade?
Tenha autocrítica, em nenhum momento os teus leitores foram agressivos contigo, ao contrário de vc que chega ao cúmulo de disparar contra a Helena pérolas do tipo "o que vc faz na vida?"
Fui, como o Brasil é uma democracia, ao contrário do que pensam os "formadores de opinião", tenho liberdade para simplesmente te tirar da minha lista de favoritos.
Abraço.
Finalmente. Espero a lista para poder assinar. A imprensa deve ser livre para apresentar as mais diversas opiniões políticas. Tenho a minha posição bem clara mas não deixo de me interessar pela dos opositores. E examino-a para ver se porventura terei de mudar desde que haja argumentos convincentes. Mas o monópolio em toda a imprensa sem liberdade, não, não é admissivel.
ResponderExcluirOi, Silvia, não sei se já abriram o manifesto a assinaturas pela web, procurei e não vi. Se souber de algo, coloco aqui.
ResponderExcluirOi Sonia, tambem quero assinar o manifesto. Obrigada por coloca-lo aqui. Ana
ResponderExcluirE viva CUBA! já que ela foi citada....
ResponderExcluirPessoal, respeito à opinião dos outros é a maior demonstração de civilidade! Da blogueira-jornalista em 1º lugar!
Achei o manifesto para assinar via web: http://manifestoemdefesadademocracia.wordpress.com/
ResponderExcluirSonia,
ResponderExcluirEu, Helena, sou professora de História e por dever do ofício procuro estar bem informada.
Ensino aos meus alunos que devemos aprender com os fatos e não com os factóides. E isso deve valer principalmente para os jornalistas que tem o privilégio da difusão das informações.
Vc é que até agora não deu um argumento, baseado na realidade, que comprove que há um movimento de censura por parte do presidente e do governo federal.
Mas como disse o Rafael, vc procura desqualificar aqueles que discordam de vc.
Sempre gostei dos seus livros, já comprei, indiquei, emprestei.
Mas fico desencantada com a falta de coerência daqueles que pregam a "saúde como subversiva", a solidariedade, a natureza, a paz, a cultura popular e adotam posturas tão conservadoras em outros âmbitos.
Sem renda, sem desenvolvimento, sem educação, muitas pessoas não terão condições de comprar os seus livros.
Helena
Oi, Helena, obrigada por responder. Mas na verdade eu não tenho que argumentar nada. Não estou discutindo. Estou protestando. Não gostei do escândalo da Casa Civil. Não gostei da atitude arrogante do presidente Lula. Direito meu. Também não gosto de outras coisas no governo e no presidente. E no entanto, votei nele e ia votar na Dilma.
ResponderExcluirVocês entraram aqui para dizer que estou mal informada e discordar. Tiveram seu espaço respeitado.
Agora você está dizendo outra coisa: que eu sou conservadora na minha posição. Como vê, não se discute o mérito, se ataca a posição. Mas não temos direito a posições diferentes? Não é uma democracia? Tenho que achar bom tudo o que acontece na Casa Civil e tudo o que o Lula diz? Você achou isso bom?
Eu não vou proibir você de aparecer aqui por causa disso. Você vai queimar meus livros? Acredito que também não.
Té mais, Helena.
Deixa, então, contar uma historinha:estava eu, nos idos de 1999, em um jantar, no norte da California, com um executivo do braço de telefonia celular da Pacific Bell. O sujeito tinha sido responsável pela participação da companhia nos leilões de telefonia no leste europeu e tinha morado em diversos países daquela região. Perguntei a ele porque a companhia não se interessou em participar dos leilões de privatização no Brasil, já que o mercado aqui era bastante promissor. A resposta foi curta: "nossa companhia não admite, em nenhuma hipótese, o pagamento de propinas, "pedágios", comissões, etc". Entenda-se, então, porque companhias americanas não quiseram participar da festança organizada pelo finado Sérgio Motta(o "Sérjão", aquele que dizia que tinha um projeto de 20 anos de poder para o PSDB). Como diz o artigo da Leitão, a corrupção aqui acaba contaminando mesmo as companhias estrangeiras que vêm fazer negócios conosco. Pra resumir: dizer que essa corrupção do governo FHC é coisa do passado é desconhecer, por exemplo, as ligações suspeitíssimas que o governo de SP têm, por exemplo, com a ALSTON francesa. Infelizmente, o processo corre em segredo de justiça, mas a podridão um dia aparece...
ResponderExcluirDizer que ler Miriam Leitão é não querer ser bem informado é demais...
ResponderExcluirSe a digníssima Helena puder pontuar as contradições, omissões ou má-fé da jornalista em questão, prestará um serviço para que nós, simples cidadãos, que ainda temos a coragem de sentirmos hojeriza de tudo isso, independente de partidos políticos A, B ou C, possamos "tomar a pílula azul"...
Em relação ao "argumento" sobre possível censura, simples, já ouvir falar do PNDH-3? Leia! Ou simplesmente assista, personalidades do 1° escalão do governo e nosso Presidente arrotando ameaças a liberdade de imprensa. Não faltam vídeos, já que a senhora pelo jeito evita ler jornais, revistas, tv, pois segundo a senhora demonstra, os mesmos conspiram contra o poder executivo... Tss
São muitas as historinhas, em níveis federais, estaduais, municipais, e em todos os partidos e escalões. A vantagem de não ter paixões políticas é poder ver.
ResponderExcluirEm relação à FHC, não votei nele nas 2 oportunidades que tive e não votaria se tivesse oportunidade. Aliás, eu não voto mais em ninguém que seja do PSDB, PT, PMDB. Representam a "velha política". Farinha do mesmo saco.
ResponderExcluirSobre o passado, como já disse, não posso mudá-lo, mas o presente dá tempo.
Paixão política = Fanatismo = Cegueira = Estupidez.
ResponderExcluirSe dependesse de mim políticos seriam esterilizados. No mínimo...
"Apesar dos avanços dos últimos anos, a maioria da população brasileira conta, como único veículo cultural e de informação, com as cadeias de rádio e de televisão, em geral, pouco afeitas à qualidade, ao pluralismo, ao debate democrático. É preciso fortalecer políticas de indução às indústrias criativas e suas cadeias produtivas que integram o conjunto da economia da cultura", diz a proposta.
ResponderExcluirComo solução para a situação, a proposta petista recomenda a adoção de "medidas que promovam a democratização da comunicação social no país, em particular aquelas voltadas para combater o monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento"...
Notam semelhança com o discurso de nosso vizinho Hugo Chavez???
Em tempo: Resumo de programa de governo entregue oficialmente ao TSE, exigência da Justiça Eleitoral.
É fato. Não tem chororô.
Ué, Jorge, essa eu não entendi. Você não é a favor desse projeto de democratização da comunicação social no país? Eu acho ótimo. Meu Deus, será que sou PT e não sei?
ResponderExcluirA democratização já está acontecendo, aliás, via internet e download. Tudo anda muito rápido.
Sonia, sou totalmente a favor da democratização da comunicação social neste país e no mundo. O que vc não percebeu é a "pegadinha" nesse trecho do programa de governo, que fiz questão de não sublinhar, justamente para que alguém levantasse essa questão...
ResponderExcluir"medidas que promovam a democratização da comunicação social no país, em particular aquelas voltadas para COMBATER O monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento"...
Percebeu algo?
Que tipo de combate seria esse?
Esse "Combate" se daria através de resolução aprovada pelo CONFECON, que estabelecem novos parâmetros para as comunicações no país, através de mecanismos de controle da mídia...
Prato cheio para qualquer governo com viés autoritário...
Esse discurso é cópia do que Chavez e Kirchner fazem em seus reinados. E as consequências...
Abraços
Oi, Jorge, de fato o exemplo de Chavez não me agrada nem um pouco, mas Lula não é Chavez, e Dilma vai governar com Michel Temer e o PMDB, conservadores empedernidos, e a economia vai continuar subordinada aos interesses de mercado, ou seja: acho que o risco de combater os monopólios é muito pequeno. Infelizmente. Até porque os grande têm muita competência e sabem perfeitamente ganhar o povo. Vejo essa proposta mais como aumento de geração de renda, emprego e expressão regional.
ResponderExcluirMas tem gente que adora expressões guerreiras, como combate. Influência americana.
Lula não é Chavez e muito menos o Brasil é a Argentina destroçada que os Kirchner pegaram. Agora, que a Dilma entrou numa brecha de "esposa", isso entrou. Ela pode até ser competentíssima e fazer um ótimo governo, mas o estilo sucessório é tipo Evita Perón, Cristina Kirchner, por aí.
Quem manda a oposição não ter candidatos à altura?
Sonia, admiro demais seu trabalho. Mas discordo desse manifesto. E Mirian Leitão pra mim não é exemplo de jornalista idônea. Mas defendo ardentemente que cada um tem o direito de ter e expressar sua opinião. Sigamos com a vida.
ResponderExcluirAbraço.
Oi, Ana Ângela, obrigada pela discordância pacífica. Um abraço!
ResponderExcluirUm texto do Emir Sade, que é a favor da democracia mas contra esse manisfesto.
ResponderExcluirhttp://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=549
Ainda do manifesto - Helio Bicudo
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=6D6Ocm9xbgo
Outro video tão interessante quanto - http://www.youtube.com/watch?v=lY1KMrUMxKM&feature=related
ResponderExcluirO que me deixa em dúvida em como é possível toda semana as Revistas Nacionais não só descobrirem como publicarem em suas capas novos escândalos do governo em um país que está em processo de censura?
Como é possível todos os dias os Jornais Nacionais não só descobrirem como noticiarem paulatinamente novos dados da crise da política do governo de um país que está em processo de censura?
Como é possível um jornalista escrever um livro cujo título é "Lula é minha anta" (será que o Helio Bicudo aprovou essa descrição gentil?) num país que está em processo de censura, e talvez por isso mora e vive há anos em NY de um país cujo atual presidente disse que Lula é o cara.
Como é possível um jornal francês (Le Monde Diplomatique) publicar uma versão nacional sem ser na clandestinidade num país que está em processo de censura?
A Carta Capital declara formalmente que apoia o governo de Lula.
E as outras revistas e jornais que se declaram imparciais, mas não nos revelam quais são seus interesses, nem a quem são dependentes, e nem quem são Ali Kamel, Daniel Dantas, Sarney, ACM, entre vários outros desconhecidos, e nem que a Globo e a Editora Abril não são mais empresas brasileira, mas conglomerados econômicos internacionais e a consequência disso na produção de suas notícias.
Apesar disso tudo, em nenhum momento Lula fala em fechar essas empresas, apesar de ter dito sim que a função da comunicação não é contar mentira.
Mas ele deixa a cargo das pessoas entre acreditar numa mentira bem contada ou acreditar numa verdade dura e crua.
Hoje é uma bolinha de papel que traz à tona um outro novo escândalo, mas podemos lembrar também do Tsunami Econômico que o governo escondeu de sua população dizendo que era uma marolinha, mas que a mídia nacional alertou apesar de Brasil estar em processo de censura.
http://www.youtube.com/watch?v=Ig9pE6qwzxw&feature=related