Seria o melhor de dois mundos, ter a praticidade da alimentação moderna com a segurança da alimentação tradicional. Nossa amiga Sílvia Salas, ex-trabalhadora da indústria alimentícia careta, pode ajudar isso a acontecer. Mesmo que não seja tão prático, afinal. Mas com resultados muito melhores.
Silvia, em que momento você viu que não queria continuar na profissão?
Foi um caminho longo, onde a cada passo ia acordando um pouquinho, mas também dormia de vez em quando... um caminho com curvas, voltas, e muitos obstáculos. Trabalhei na Indústria por 10 anos. Há uns 4 anos, quando comecei a praticar yoga e cuidar um pouco mais da saúde, comecei a pensar em que era o que estava fazendo com os alimentos. O alimento é mais do que a gente vê ou pensa. Vai ser parte da gente e por isso mesmo deve ser tratado com respeito, carinho e amor. Então tem que ser uma coisa boa mesmo. Não posso colocar 10 aditivos químicos e embalar numa caixa plástica para que dure 1 ano, parecendo uma coisa gostosa e fresca, quando realmente não é. Acho que foi uma questão de ética comigo mesma, uma luta constante nestes 4 anos por fazer as coisas certas; mas numa indústria (falo da maioria, porque há exceções), onde o foco principal é vender e gerar lucros, é um pouco difícil. Assim, tomei coragem e saí. Agora faço algumas consultorias, mais rem relação a produtos orgânicos, sem glúten ou voltados para a saúde. Definitivamente cansei de trabalhar com o artificial, a ilusão; agora, quero trabalhar com verdade e realidade.
E o Ayurveda, como entrou na sua vida e se tornou um caminho profissional? Você usa o conhecimento sobre nutrição no seu trabalho terapêutico?
O ayurveda foi paixão à primeira vista. Eu comecei há uns três anos. Descobri na internet, quando estava pesquisando sobre especiarias. Começaram ali meu interesse e meus estudos com ele. Percebi que a ligação entre corpo, mente, alma é muito forte, não podemos separar. A relação entre alimento e pessoa é uma das bases para ter boa saúde. Definitivamente, achei meu caminho - e agora, vou nessa.
No meu trabalho terapêutico uso muito o que aprendi como engenheira. Posso esclarecer à pessoa, de uma forma mais técnica, por que tem que deixar de lado certos alimentos e porque tem que consumir os outros. E do ayurveda vem a explicação da nutrição individualizada, com sua parte consciente e sagrada. É uma busca constante de conhecimentos ancestrais no campo da alimentação e de sua aplicação nos dias de hoje.
Silvia Salas fez formação em Terapia Ayurveda no Instituto Hindu Naradeva Shala em São Paulo, com estudos avançados e especialização em alimentação e culinária Ayurvédica na Índia.
contatos
11 8989-3551
e-mail: vedasil@yahoo.com.br
Sonia, você sabe o que é milho de canário? procurei na blogosfera e não achei nada a respeito.Beijos, Fátima.
ResponderExcluirOi, Fátima, de onde você tirou essa expressão? Conheço milho miúdo, milhete, que é o nosso painço, e algo me diz que canário gosta... Um abraço!
ResponderExcluirOlá Sônia e Silvia,
ResponderExcluirMe identifiquei muito com essa entrevista pois estou me formando em Farmácia e cada vez mais vejo que o medicamento não é a cura, passando bem longe disso. Não acredito na idéia de vc "curar" um problema e gerar outro.
Acredito sim que o alimento deve ser tratado como algo que pode te curar e, por isso deve ser tratado com muito amor! Pois como dizia Hipócrates, "que seu alimento seja o seu medicamento e que o seu medicamento seja seu alimento."
Abraços!
Oi, Mariana, bem-vinda! Que ótimo termos uma farmacêutica aqui no blog. O espaço está aberto, viu? E bem que você pode nos ajudar em três questões muito concorridas nos comentários - vermes, protozoários e fungos. Aguardamos seus pitacos especializados! Um abraço!
ResponderExcluirOi, Sonia, blogados-blogueiros,
ResponderExcluirSílvia, você está realizando meu ‘sonho dourado’:
eu vivo dizendo para os meus alunos prestarem atenção no que comem,
investirem no alimento ‘Lado B’: bOM, bonito e barato.
Mas, eu percebo que eles não prestam atenção,
ou tem uma baita preguiça/resistência ou
uma tendência suicida inconsciente, sei lá...
(Hoje eu acordei + 'malvada'?)
Uso o Ayurveda como ferramenta,
já que sou praticante e
ensinante de Hatha Yoga.
Antes do Yoga entrar na minha vida
(foi um divisor de águas)
eu já tinha o hábito/prazer de comer correto,
pois tive uma avó que dizia:
— Quer ir na quitanda ou quer ir na farmácia?
Era a deixa para explicar que,
se não comêssemos certo/correto,
perderíamos a integridade salutar,
e dependendo do tamanho do estrago,
acabaríamos saindo do consultório médico com uma receita medicamentosa.
BeijOM,
MaFê
Olá Sônia, como vai? Acompanho o seu blog e acho muito enriquecedor, com informações valiosas.
ResponderExcluirGostaria de pedir licensa e saber se pode me dar informação sobre os aspectos psicológicos de problemas como menísco (joelho). Estou fazendo um trabalho para meu curso e estou pesquisando diversar fontes.
Seria esse blog o meio para essa pergunta ou devo enviar para algum e-mail?
Desde já muito obrigada.
Namaste.
Oi, Egle, já ouvi falar alguma coisa sobre isso mas foge muito à minha área, que é promoção da saúde através de alimentação, higiene, postura. Mas de repente passa alguém aqui e responde... Boa sorte, um abraço!
ResponderExcluirSônia, Licença?
ResponderExcluirEgle,
geralmente o menisco que se rompe é o medial, e isto está diretamente relacionado ao gesto postural que a pessoa investe mais ou mantém congelado. Aspectos psicológicos são muitos, desde humildade, rendição, adoração (capacidade de dobrar os joelhos) até o eixo desetruturado.
Se interessar, pode me escrever usando o contato aqui do Blogger mesmo.
Boas Noites,
Rs, obrigada Sônia!
ResponderExcluirEstou sempre acompanhando o blog e ficaria muito honrada em ajudar nessas questões. Mas vou te dizer que o que eu li em "Almanaque de Bichos que dão em gente" é muito mais interessante do que muito livro de Parasito, viu?! rs.
Abraço!!
Obrigada, Marina, pela parte que me toca. O Almanaque de Bichos é um dos meus filhotes prediletos. Nele me senti realizando um bom trabalho, útil e revelador, e como jornalista valorizo muito isso. Agora vai sair o novo, Candidíase, a praga - e como se livrar dela comendo bem, onde acho que a questão alimentar atinge o ápice: levá-la em conta é fundamental para manter os fungos sob controle, já que eles são caminho para muitas doenças.
ResponderExcluirA propósito: você sabe como são produzidos os lactobacilos que compramos em cápsulas? Abração!
Oi Sônia,
ResponderExcluirDei uma pesquisada no assunto e pelo que pude constar, não há publicações de métodos de padronização das culturas usadas nas preparações comerciais de lactobacilos (talvez por isso que ainda não haja produção no Brasil). Ainda assim, encontrei certos dados em todos os artigos que pesquisei, o que me faz pensar que são um padrão nas metodologias.
O Lactobacillus acidophilus é isolado de alguma fonte láctea, como queijo ou iogurte (mas também pode ter origem humana) e cultivado em caldo MRS, que é o caldo apropriado para o cultivo de lactobacilos em geral. O meio de cultura ainda deve ter alginato de sódio (um emulsificante extraído da parede celular da alga marrom) e ser enriquecido com cálcio. Muitas pesquisas têm sido direcionadas no sentido de procurar um outro metal
para aumentar a viabilidade do processo.
Depois passa por dois outros processos, emulsificação e endurecimento da matriz com algum solidificante (muito provavelmente, ágar). Os excipientes usados no
preenchimento da cápsula são de origem vegetal.
Algumas preparações comerciais de Lactobacillus acidophilus contêm associada uma cultura padronizada de Lactobacillus bulgaricus. Essa não é uma bactéria normal do intestino, entretanto, constitui uma flora benéfica e aumenta o crescimento de bactérias desejáveis pela produção de ácido lático através da fermentação de carboidratos.
O Lactobacillus acidophilus é encontrado também em iogurtes e queijos enriquecidos, mas pessoas com alto teor de acidez no estômago devem tomar a cápsula mesmo, pois o ácido ataca o lactobacilo e a cápsula impede esse ataque.
Espero ter respondido alguma coisa...
Ah, quanto ao livro sobre candidíase, adorei! Já está na minha lista de compras!
Abração Sônia!
Oi, Mariana, muito obrigada por nos fazer avançar um pouquinho no conhecimento. Mas... quando você diz que os acidófilos também podem ter origem humana, está falando de fezes humanas? Como aqueles tais dan regularis que são irritantes do intestino? Abração!
ResponderExcluirSim, tem-se na literatura que os primeiros L. acidophilus foram isolados de fezes de recém-nascidos que estavam sendo amamentados pela mãe. Mas hoje acredito que essa prática já não seja tão comum...
ResponderExcluirEu é que fico feliz em poder colaborar um pouquinho com esse blog tão rico!
Abraços!
Oi Sonia, eu ouvir falar sobre o "milho de canário" num programa chamado "Vida simples", talvez a tradução não tenha sido correta não? De qualquer forma, obrigada pela atenção. Abraços, Fátima.
ResponderExcluirOlá a todos, em especial Mafê e Marianadias. Agradeço o comentario feito por voces sobre o meu trabalho. Estou de viagem e por isso demorei em responder...mais só complementando o falado por Mafê..na verdade muitas veces eu falou para as pessoas mudarem de alimentação e tambem achava que tinha um lado suicida nisso, mais por experiencia, percebi que tem muito a ver com o lado psicológico, cultural e social ...eu achava que era só preguiça..mais tem todo um contexto por trás..que não e tão fácil de mudar..eu falou muito sobre mudança de hábitos..começando por eliminar por exemplo una barrinha por dia (em caso de ser consumidor) e observarse...pode ser que não tenha efeito a curto prazo..mais depis vai percebendo que a pessoa não precisa mais disso, e assim fazou com as outras coisas...pouco a pouco se chega a muito...e só para terminar...no ayurveda não esperamos ficar doente para se tratar...se trata para não ficar doente, e que melhor hospital de prevenção que a cozinha da nossa casa...Estou sempre a disposição..espero colabora rmuito com este nobre blog, estamos todos no mesmo barco :o). Um grande abraço! Silvia
ResponderExcluirOlá, Sonia
ResponderExcluirAproveitando que o tema aqui é alimentação saudável, tem receitas de chás que pode dividir conosco. Estou fazendo um tratamento para esofagite e o café é uma das restrições. Esses chás industrializados, não tem gosto de nada. Abraços
Olá pessoas,
ResponderExcluirSonia, licença.
Egle,
no 'Experimente'(blog) tem pouquissima coisa sobre a psicologia das partes do corpo. Usa o contato de lá e faça suas perguntas, ou usa o e-mail que tem no meu perfil do Blogger.
(Tenho muitas teorias 'malucas', hêhêhê...)
Silvia,
o que eu sinto é que a ignorância se disfarça de sapiência: enquanto o Dráuzio Varela não falar na platinada que alimento industrializado mata, não vai ter repercussão (Ai, meus sais!). Para a maior parte das pessoas, prevenção é ir ao médico para trocar a receita do remedinho para a pressão arterial voltar a fazer efeito.
Tem uma preguiça nascida da ignorância aí, preguiça de abrir a cabeça, de largar mão de ser carneirinho de presépio e escolher com responsabilidade o próprio destino, preguiça de dar o primeiro passo.
Eu não nasci professora de Yoga, nem praticando o que pratico hoje, por exemplo, com 14 anos tive de defender uma tese em casa para poder experimentar ser vegetariana. Nenhuma mudança da minha vida que se tornou real se fez num passe de mágica, todas foram um processo.(A 'pírula doirada' non exciste!, como digo aos alunos.)
Se eu escolhi, e mudei, por que é que que os outros não fazem?
Não se trata de falta de compaixão: precisamos mesmo fazer o exercício contínuo de distinguir a compaixão da permissividade.
Acredito na e trabalho para a plenitude da prevenção através da alimentação, de exercícios para o corpo-emoção-mente e higiene (do lugar, do sono, ...)
Denise,
você quer chá por que é quente?
Se a restrição ao café é devido à cafeína, deve evitar os chás mate ou preto, verde, todos com cafeína.
O sufixo 'ite' quer dizer inflamação, inflamado já é quente, quer experimentar mudar a temperatura das bebidas?
Existem as águas aromatizadas com plantas e frutas, sucos.
Existe a água pura, que também pode ser gostosa.
O paladar humano é um sentido educável, ele vem em branco e nunca está finalizado. (Por isso entendo menos ainda a resistência das pessoas em mudar o vício, opssss, hábito alimentar)
BeijOM sulfragado,
Oi, Denise, a esofagite é por cândida? Você pode descobrir em http://correcotia.com/mulheres/questionario.pdf. Se for, o que é bem comum, o chá mais importante é de ipê-roxo, cujo sabor não pe festivo nem social mas com efeito muito bom. Camomila, capim-limão e tanchagem também são bons. Um abraço!
ResponderExcluirSonia, creio que estou com uma esofagite séria, alé da gastrite.
ResponderExcluirPode me indicar alimentos cicatrizantes e protetores?
No médico não quero ir. Tenho medo, pois sou super fumante, viciada em café, tenho depressão, lúpus, glaucoma, labirintite, obesidade avançada..... Não quero broncas, preciso de ajuda.
oBrigado.
Oi, Carla, a ajuda que eu tenho pra dar já está toda publicada, aqui, no site e nos livros. Você deve ter muita candidíase envolvida na gastrite bem como na esofagite, fora possíveis vermes e protozoários.
ResponderExcluirAjuda sem tratamento e dieta não existe. Cabe a você decidir o que faz da vida e da alimentação. Acho que seria esclarecedor ler o que está em http://candidiaseapraga.blogspot.com/2010/12/candidiase-praga-dez-contra-ela-1-4.html . Um abraço!