Para quem não sabe, os Cuidados Básicos de Saúde são definidos pela OMS em quatro estágios. O primeiro é a promoção da saúde, a cargo do indivíduo e da comunidade; inclui alimentação, higiene, bons hábitos e posturas. O segundo é a prevenção de doenças, onde entram os sanitaristas, as obras de água e esgotos, a remoção do lixo, o controle de poluição, pragas e epidemias. Em terceiro lugar vem a medicina com seus processos de cura, e em quarto, os agentes da reabilitação.
Eu, você, nós todos temos responsabilidade com a promoção da saúde. Quem tem saúde não fica pensando em doença. Mas somos poucos Davis contra a gigantesca corrupção dos esquemas médico-farmacêuticos que nos privam de uma boa atenção à saúde, iludem a todos com promessas fúteis de tratamento e cura, sugam nossos recursos e nos envergonham como cidadãos.
Peguei este texto no Movimento Marina Silva. É a única candidata que enxerga a promoção da saúde como prioridade. Se preferir, escute aqui.
Universalizando a atenção básica à saúde
A proposição universal é aquela que tem caráter geral, comum a todos. Assim, falar de universalização da atenção básica à saúde é próximo a falar na garantia do direito à saúde. Como o sistema de saúde pode se estender a todos? Quais são as estratégias para organização e articulação de ações que efetivem o direito à saúde?
No campo da atenção básica à saúde, destacam-se no Brasil os programas Saúde da Família e Agentes Comunitários de Saúde. Neles o atendimento é territorializado, permitindo aos agentes o estabelecimento de vínculo com os pacientes. Isso gera confiança para que os profissionais de saúde estimulem mudança de hábitos e oportuniza um atendimento que observa a integralidade das condições de vida das pessoas.
Atenção básica ou atendimento primário é o contato inicial com o sistema de saúde, por isso a necessidade da aproximação com o local onde as pessoas vivem. Nesse sentido, os programas em curso no Brasil devem ser fortalecidos, inclusive com a melhoria das unidades básicas ou postos de saúde, para que o atendimento de qualidade seja continuado e resolutivo, ou seja, não cabe apenas triagem para atendimento especializado em outras unidades.
Da mesma forma, para a garantia do direito à saúde precisamos de proatividade e não apenas reação às demandas. Quando falamos de atenção básica, estamos entendendo ações descentralizadas de equipes multidisciplinares com foco em educação em saúde, nutrição adequada, cuidados materno-infantis, imunizações, prevenção e controle de doenças endêmicas, bem como na provisão de medicamentos essenciais.
Veja como Marina aborda o tema em suas diretrizes de governo: “Ter a Atenção Básica como eixo estruturante da organização e articulação de ações e recursos. Fortalecer e aprimorar o Programa da Saúde na Família, visando estimular seu potencial humanizador do cuidado no atendimento, assim como promover a formação de profissionais de saúde nesse sentido, com prioridade para médicos generalistas, enfermeiros, assistentes sociais e agentes comunitários. Promover a alimentação saudável, com a inserção dos profissionais de nutrição nas equipes de apoio do PSF/Unidades Básicas de Saúde. Investir em tecnologia da informação e comunicação para modernizar o trabalho das equipes do PSF junto aos indivíduos, famílias e comunidades.”
A atenção básica como estratégia parece consolidar a promoção da saúde e a prevenção de riscos e doenças, oferecendo também oportunidade de qualificar a assistência. Para efetivá-la temos muitos desafios, entre eles, qualificar a rede já existente com readequação estrutural e incentivo à formação permanente dos profissionais envolvidos. Temos um caminho já trilhado que precisa ser continuado. Afinal, no Brasil que queremos garantiremos o direito à saúde, por meio de ações como a universalização da atenção básica ou continuaremos subsidiando a medicina suplementar que cristaliza desigualdades sociais?
Blogger Mr Brumn disse...
ResponderExcluirSônia: Você não quer mesmo parar mesmo de ler meus pensamentos?
"esquemas médico-farmacêuticos que nos privam de uma boa atenção à saúde, iludem a todos com promessas fúteis de tratamento e cura, sugam nossos recursos e nos envergonham como cidadãos"
Sabe, este semestre na faculdade escolhi para uma diciplina estudar o programa da Marina Silva e fiquei muito bem impressionado. Um pena que não tenha sido feit aum acartinha bem visual e didática dele. Eu bem quero faze-la, mas falta pouco tempo para a eleição.
Marina sendo eleita, acho que você deveria ser ministra da saúde. Pensando bem, para que isso? Você JÁ É ministra da saúde! =)
Ei: isto vai dar um bom tema de figurinha!
Bruno, não dê corda que eu disparo... ;-)
ResponderExcluirOlá Sonia,
ResponderExcluirInfelizmente não conhecia seu trabalho. Sempre me interessei por alimentação natureba, mas as tentações mundanas e capitalistas acabavam me vencendo. Sonia, como você faz para lidar com isso? Você cede às tentações de vez em quando? Outra coisa, fiquei passadaaaa com essa história da soja. Há um ano virei vegetariana e me agarrei a tudo que é de soja, tava até fazendo iogurte de soja em casa com aquele envelopinho. Vou jogar tudo fora. Li seu livro Deixa sair, mas senti falta de uma continuação de cardápio. Em que livro seu posso obter orientações de cardápio no dia a dia, tipo o que comer no almoço, jantar, etc? Você aconselha comer carne, leite, queijo? Em que livro você fala sobre isso? Você dá cursos, palestras? Alguma dica de um curso de culinária? Precisaria também de uma dica de opções de médicos que seguem sua linha, pois estou cansada deste s médicos de plano de saúde que parece que fizeram medicina por correspondência. Desculpe-me por tantas perguntas, mas é que sou sagitariana como você, acho que você deve entender, né. Moro em São Paulo, capital.
Se eu tiver mais dúvidas, qual é seu canal de comunicação é pelo blog mesmo, ou você responde por e-mail.
Um grande abraço,
Rita
Oi, Rita, cardápios e receitas na linha do Deixa sair você encontra nos livros Prato feito e O melhor da festa, em http://correcotia.com. Lá estão os outros livros que escrevi tentando responder a questões como as suas. O resto está aqui no blog... Bem-vinda, um abraço!
ResponderExcluirOlá Sonia,
ResponderExcluirNossa você responde rápido, adorooo. Bem, vou comprar seus livros e ler seu blog. Como já disseram por aqui, é muito bom contar com a comunicação com o autor, ainda mais da forma como você faz.
Abraço,
Rita
E VIVA MARINAAA!
ResponderExcluirSe fosse eu, negociava um Ministério de Educação para a Saúde em troca de apoio. Resolvia tudo de uma vez só - comer, cozinhar, escrever, falar, fazer contas, cuidar de um machucado, tratar dos vermes, cortar as unhas. Fazia parceria com algumas instituições e dava um choque de educação e saúde básicas no país...