terça-feira, 29 de junho de 2010

Da beleza da vida 2


a vida é um milagre
cada flor
com sua forma sua cor seu aroma
cada flor é um milagre
cada pássaro
com sua plumagem seu voo seu canto
cada pássaro é um milagre
o espaço infinito
o espaço é um milagre
o tempo infinito
o tempo é um milagre
a memória é um milagre
a consciência é um milagre
tudo é milagre
tudo menos a morte
bendita a morte
que é o fim de todos os milagres

manuel bandeira

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Da beleza da vida

Brasil finalmente jogou bem e essas lindas florzinhas de umê (Prunus mume) são a homenagem do blog ao time, que soube honrar a camisa.

Pra quem achou as florzinhas coisa de moça, aviso logo: delas nascerão frutos muito ácidos, para ficar um ano e meio no sal e virar umeboshi, a ameixa salgada japonesa riquíssima em ácido cítrico que resolve qualquer indisposição digestiva, intestinal, dor de cabeça, ressaca, acidez de modo geral. Mais machas, impossível.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Qualidade de vida: Tem que experimentar para conhecer

Também da Cláudia, en passant, num email: Só quando a gente vive o que é mais próximo do normal/saudável, sabe que é bem diferente, muito melhor, e se dá conta do que não é.

Comer bem: Agrotóxicos na contramão

Deu no Estadão e a Cláudia Vaz, lá de NY, mandou pra cá. Valeu, Cláudia!

Uso de agrotóxicos é indiscriminado no País, diz Anvisa

Qua, 23 Jun

Levantamento divulgado hoje pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em amostras de frutas e verduras à venda para o consumidor revela uso indiscriminado de agrotóxico no País. Das 3.130 amostras coletadas, 29% apresentaram problemas, que vão desde uso de defensivos não permitidos para a cultura ou sem registro no País até alto grau de resíduos de agrotóxicos no alimento. Pelo segundo ano consecutivo, o pimentão foi o produto com maior índice de irregularidades: 80% das amostras analisadas pela Anvisa foram consideradas insatisfatórias. Em seguida, estão a uva, pepino e morango.

"Os números preocupam bastante", avaliou o presidente em exercício da Anvisa, Dirceu Barbano. "Agrotóxico é veneno, seu uso tem de ser feito com limite", completou, ao apresentar o trabalho. A análise foi feita em 26 Estados. Dados de São Paulo não foram revelados, porque o Estado usa metodologia própria para a avaliação dos resultados. Para fazer estudo, técnicos pesquisaram a presença de 234 tipos de agrotóxicos em 20 culturas diferentes. Batata, banana, feijão e maçã foram as que apresentaram menor índice de irregularidades.

Uma das maiores preocupações da Anvisa está no alto grau de uso de produtos que estão sob reavaliação da agência por causa do alto risco à saúde. O trabalho revelou o emprego desses agrotóxicos em culturas para as quais não há autorização. No momento do registro, é definido em que culturas o agrotóxico pode ser aplicado. "O desrespeito dessa recomendação aumenta o risco do consumo de resíduos desses agrotóxicos, porque eles não são levados em conta no cálculo do impacto na ingestão diária do produto", explicou o gerente de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles. O consumo de agrotóxicos em porcentuais acima do recomendado dificilmente são notados no dia-a-dia. "As doenças vêm a longo prazo. Somente em casos de contato com grande quantidade do produto é que surgem as intoxicações", completou.

Outro problema apontado foi o aumento das amostras em que foi detectado o uso de produtos que não estão registrados no País. "Esse é o pior dos mundos. Não sabemos que substâncias estão nos produtos, em que quantidade. É o descontrole total", resume Meirelles.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Drogas poderosas: Por que o lufenuron é proibido? Porque é bom

Recebo no primeiro post sobre o antifúngico lufenuron um comentário que merece mais visibilidade. Embora o autor seja anônimo. Por razões óbvias, como diz ele. Ou ela?

Estudo o Lufenuron há 6 anos, quando ajudei a fazer uma monografia de um amigo que se formou em veterinária.

O Lufenuron é uma droga poderosíssima, no sentido de contribuir para a saúde humana. O Lufenuron não só erradica fungos, como também qualquer tipo de verme que exista no corpo humano. A maioria das pessoas não sabe, mas o corpo humano carrega dezenas de tipos de vermes, alguns até desconhecidos, que causam doenças como asma, fibromatose, dermatites, hepatites e até mesmo doenças nervosas. O Lufenuron, por desabilitar a reprodução de organismos baseados em quitina, ERRADICA do corpo humano qualquer tipo de verme. Isso significa a cura para, por exemplo, a elefantíase ou a hanseníase, que causa tanto sofrimento em países de terceiro mundo.

Significaria a cura instantânea, por exemplo, para aqueles casos horríveis que o Discovery Channel explora de deformações corporais que existem na Índia, todos eles causados por verminoses ou fungos, para os quais até hoje não há cura, comercialmente falando.

Não tenho dúvida que a negativa de permitir o uso do Lufenuron é baseada no interesse comercial da indústria farmacêutica, pois a disseminação do Lufenuron tornaria obsoleta uma quantidade da ordem de mais de cem princípios ativos usados na dermatologia, sem falar de outras áreas afins.

Recentemente o Comitê Europeu de Saúde pediu uma reavaliação do Lufenuron para liberação comercial, mas a indústria farmacêutica não deixou acontecer.

Mas vamos nos movimentar no sentido de divulgar este protesto, se ficarmos quietos os interesses econômicos continuarão prevalecendo sobre o bem-estar da humanidade.

ATUALIZAÇÃO EM 15/1/2011: O site da Sarah Vaughter não vende mais o lufenuron.

domingo, 13 de junho de 2010

Paixão emagrece amor engorda: Nova edição aumentada, revista, ilustrada


De vez em quando a gente tem que fazer diferente, e a primeira edição de Paixão emagrece amor engorda, em vez de sair pela Correcotia - que, como vocês sabem, é a minha editora de bolso - saiu em 2007 pela Sextante, uma das grandes. Correu o Brasil inteiro, vendeu muito, esteve a R$9,90 em prateleiras de redes de varejo, locadoras e supermercados. Claro que fiquei imensamente feliz, porque nunca conseguiria atingir esse público sozinha em tão pouco tempo, nem a preço tão camarada. E aí a edição se esgotou e o livrinho voltou para casa. 

Sai agora pela Correcotia, como os outros, renovado. Entraram as magníficas ilustrações originais que Celina Gusmão fez para a revista Bons Fluidos, gentilmente cedidas pela Editora Abril. Relendo o texto pude atualizar algumas questões e reescrever trechos, bordar frases, eliminar deslizes. Tinha na gaveta mais algumas crônicas que incluí, e ainda um texto nascido aqui no blog, Queijetarianos, inspirado por Jamie Oliver, que não podia ficar de fora.

É com o maior orgulho que apresento meu novo filhote, na certeza de que já era bom e ficou melhor. Nessas horas a modéstia é modesta. Viver para e de livros me dá um contentamento muito grande. Compensa tudo, até mesmo as agruras de ser microempresária neste país.

A única coisa chata é que não posso vender aos preços espetaculares da Sextante. Mas tudo bem, nada é perfeito mesmo...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Medicina doente: Mais sobre a gripe porquinha

Recebo email de Adriano de Moraes, repasso na íntegra. Valeu, Adriano!

Olha estes links (e encaminha se quiser), comprova o que eu falava da vacina, é tudo em prol de $$$$ lucro.

Eu bem que avisei meus amigos e familiares, mas a maioria não acreditou, conheço gente que passou mal mesmo !!!

Muitos pensam que sou conspiracionista de plantão, mas não é por aí, gosto sim de pesquisar, principalmente na internet, onde esta mídia é menos influenciada.

Agora a porcaria ta feita, quem tomou a vacina nunca saberá o que realmente tomou... Confira:

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marceloleite/747637-o-conto-da-vacina-suina.shtml

http://pt.euronews.net/2010/06/05/gripe-a-novas-acusaces-contra-oms/

http://www.youtube.com/watch?v=0CVU-35PCGc&playnext_from=TL&videos=NiYEbFU4aDU

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Comer bem: Temperinho bom demaisss

Há muito tempo eu não via um temperinho assim tão bom, desses que combinam com tudo, do bacalhau ao simples inhame cozido. Diz que é de hibisco verde, mas vem tão bem acompanhado que descobrir o sabor do hibisco é um prazeroso desafio, vejam só: alho, alecrim, tomilho, orégano, manjerona, segurelha, manjericão, alfavaca, gengibre, pimenta desidratada, coentro e ácido cítrico. Serve para cozinhar ou apenas botar por cima da coisa pronta. Nham nham! O site do produtor indica as lojas que o revendem pelo Brasil afora.

domingo, 6 de junho de 2010

Almanaque do banheiro: Oxiúros? Suco de hortelã em jejum

Várias pessoas escreveram perguntando sobre oxiúros, especialmente em crianças. Fui atrás da minha bichóloga predileta, a acupunturista e fitoterapeuta Susana Ayres, que me indicou o que está lá no título:  suco de hortelã batida com água filtrada em jejum, 7 dias seguidos.

Como fazer? Pegar um maço de hortelã que dê para envolver com a mão, cortar fora os talos de baixo, lavar, bater a parte de cima (folhas e talos, ou só folhas) no liquidificador com 1 copo de água e beber. Se possível, sem coar. Depois de 15 ou 20 minutos, tomar o desjejum normalmente.

Susana está se mudando de Campinas para Brasília. Chora, Campinas! Aproveita, Brasília!

Agrotóxicos: Brasil ganhando o campeonato

Recebo a informação de Monica Lacombe Camargo, d'aprés O Estado de São Paulo, data de ontem, e repasso na íntegra. Horrorizada.

Campeão mundial de uso de agrotóxicos, o Brasil se tornou nos últimos anos o principal destino de produtos banidos em outros países. Nas lavouras brasileiras são usados pelo menos dez produtos proscritos na União Européia (UE), Estados Unidos e um deles até no Paraguai. A informação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com base em dados das Nações Unidas (ONU) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Apesar de prevista na legislação, o governo não leva adiante com rapidez a reavaliação desses produtos, etapa indispensável para restringir o uso ou retirá-los do mercado. Desde que, em 2000, foi criado na Anvisa o sistema de avaliação, quatro substâncias foram banidas. Em 2008, nova lista de reavaliação foi feita, mas, por divergências no governo, pressões políticas e ações na Justiça, pouco se avançou.

Até agora, dos 14 produtos que deveriam ser submetidos à avaliação, só houve uma decisão: a cihexatina, empregada na citrocultura, será banida a partir de 2011. Até lá, seu uso é permitido só no Estado de São Paulo.

Enquanto as decisões são proteladas, o uso de agrotóxicos sob suspeita de afetar a saúde aumenta. Um exemplo é o endossulfam, associado a problemas endócrinos. Dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que o País importou 1,84 mil tonelada do produto em 2008. Ano passado, saltou para 2,37 mil t. "Estamos consumindo o lixo que outras nações rejeitam", resume a coordenadora do Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz, Rosany Bochner.

O coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Rangel, admite que produtos banidos em outros países e candidatos à revisão no Brasil têm aumento anormal de consumo entre produtores daqui. Para tentar contê-lo, deve ser editada uma instrução normativa fixando teto para importação de agrotóxicos sob suspeita. O limite seria criado segundo a média de consumo dos últimos anos.

sábado, 5 de junho de 2010

Cúrcuma, Pimenta & Cia Ltda

Recebo email de uma amiga do blog oferecendo links dos estudos científicos sobre a necessidade de se associar cúrcuma com pimenta-do-reino para que seja bem absorvida pelo organismo.

O que ela coloca, de forma muito elegante, é a mesma coisa que a Glaucia - fitonutricionista cheia de títulos que resolveu entrar no blog atirando - quis dizer. Ambas na sintonia de que é bom, e só é bom, usar cúrcuma com outra coisa que aumente a sua biodisponibilidade, no caso pimenta-do-reino, citando estudos laboratoriais e tal.

Vejo que preciso esclarecer melhor a minha restrição.

Quando escrevo sobre a cúrcuma citando o uso tradicional e os benefícios do uso tradicional, estou com o foco em usar na comida como tempero, ou como chá, ou lambedor com mel pra rouquidão e dor de garganta. Meu foco é a promoção da saúde na cozinha de cada dia. Quem tem saúde não fica pensando em câncer.

Cápsulas de nutracêuticos para prevenir o câncer não entram na minha pauta, não fazem parte das minhas preocupações. Não se fazem em casa. Para tomar em cápsulas as exigências podem ser outras. Os laboratórios vão achar os meios, encapsular e vender.

Incitar as pessoas a acatar conclusões laboratoriais como se fosse preciso um saber científico para se usar a cúrcuma é chose de loque. Vai ter gente comendo mais pimenta para poder usar a cúrcuma. Isso é muito insensato e perigoso, do meu ponto de vista; não tem nada a ver com a orientação tradicional que eu pesquiso e divulgo, especialmente neste blog.

Consegui me explicar?