A moça da foto é a jornalista Rosa Nepomuceno, expert em ervas e especiarias e, modéstia à parte, minha amiga da vida inteira, que acaba de lançar o livro Um fio de azeite (Casa da Palavra/Senac) - e não é por outra razão que aparece acariciando folhas de oliveira na região da Toscana, Itália.
Rosinha fez uma viagem para fazer o livro, olha só que maravilha. Saiu com o amigo e chef Marcelo Scofano fuçando, anotando, fotografando, comendo e depois organizou tudo num trabalho que se lê babando.
Só para vocês terem uma ideia: "O mundo do azeite tem vocabulário próprio, bastante rico. Diz-se que um óleo é frutado suave, médio ou intenso, adocicado, amendoado, amargo, picante, fresco, maduro, rústico, elegante, delicado, leve, harmonioso,equilibrado, desequilibrado, robusto, espesso, fino. Associam-se aromas e sabores não apenas ao das azeitonas, mas também às percepções 'de fundo', que os italianos chamam de retrogusto - a ervas, folhas secas ou mato recém-cortado (diz-se 'herbáceo'), a flores ('floral'), vegetais (tomate, alcachofra), frutas (maçã verde ou outra fruta madura, até mesmo banana ou frutos secos, como amêndoas e avelãs)."
Faz lembrar a minúcia sensorial da degustação de vinhos e tem até copinho próprio para degustar. Mas, ao contrário dos vinhos, azeite bom é azeite novo. E aí se esclarece um ponto sempre nebuloso para nós, leigos: a acidez do azeite aumenta com a passagem do tempo. O ideal é consumi-lo num prazo de dois anos. Assim, aquela garrafinha linda e caríssima com azeite extravirgem de acidez 0,1% que você está guardando há tempos no armário já pode estar com muito mais acidez do que um azeite vagaba ali da esquina.
Outro ponto que Rosa esclarece muito bem: azeite pode perfeitamente ser aquecido até a temperatura de 180oC sem perder suas qualidades. Acima disso faz fumaça, e qualquer gordura que faça fumaça já dançou, é jogar fora e começar de novo. Ela diz que os extravirgens são bem adaptáveis às altas temperaturas, "por sua resistência, estabilidade química e alto conteúdo de antioxidantes, mas para as frituras pode-se utilizar o sansa". Sansa, explica, é a palavra italiana para definir a massa formada por caroços e peles das azeitonas e resíduos do óleo (de 3 a 6%) que ficam nas mós (de pedra) ou máquinas de prensagem; após um duplo refino o óleo é misturado com azeite virgem e apresenta, nesse momento, acidez de 0,5%.
Recomendações importantes, entre muitas outras: na hora da compra, escolha o azeite mais jovem e dê preferência aos que são engarrafados na origem, em vidro escuro.
Um livro para ler degustando e presentear como se presenteia um bom azeite. De quebra, uma epígrafe que não posso deixar de copiar aqui: "O êxito não depende da sorte, depende da escolha feita. O êxito é um caminho, não um destino."
Sônia, então quer dizer que pode-se perfeitamente cozinhar com o azeite? Sempre pensei que ele devesse ser utilizado apenas cru em saladas e finalizando pratos.
ResponderExcluirPois é, André. Eu, que só cozinho com azeite há muitos anos, vivo escutando essa pergunta e respondendo que não tem o menor problema, se tivesse os mediterrâneos estariam fritos, e não é isso o que acontece. Não sei de onde surgiu a balela de que não se deve aquecê-lo.
ResponderExcluirPuxa, Sonia:
ResponderExcluirestou aqui pra lá de feliz com essa sua avaliação de meu livro.
voce sabe o quanto respeito suas opiniões e sua obra, tenho todos os seus livros - o meu de cabeceira é Manual do Herói, um clássico da alimentaçao.
Obrigada por salientar os pontos que deixam tanta gente confusa,
beijo carinhoso da
Rosa Nepomuceno
Adoro ler sobre azeites!
ResponderExcluirAqui em casa, intuitivamente, só cozinhamos com azeite há alguns anos. Todo mundo, de fato, acha estranho.
É delicioso. Somos bem criteriosos com o azeite e sua qualidade. Aprendi a guardá-lo em locais abrigados da luz para preservá-lo. É um gasto extra que faz muito bem ao paladar e à saúde!
Vou procurar o livro!
Beijão querida Sonia!
Soninha querida
ResponderExcluirAdorei ler sobre o livro da nossa amiga Rosa.
Espero ainda esse ano poder receber as duas aquí em Brasília,para soprar a saudade e lançar livros.
Carinho e mais carinho
Tania
Tania,querida,
ResponderExcluirolha nós aqui, nos encontrando uma vez mais, através desse delicioso blog da Sonia.
fiquei contente por saber que seu projeto emplacou.
viva Brasilia e que desçam ao inferno os seus
inimigos públicos, que usam o poder em causa propria, dos seus lobbies e dos seus bolsos.
Sonia
ResponderExcluirAdorei sua matéria sobre o livro da Rosa.
São informações valiosas mesmo, que fazem os alimentos tornarem-se muito mais saborosos!
Parabéns e beijos.
Que bom saber de tudo isso! Havia comprado o óleo de sansa só pela cara, simpatizei com ele, mas não sabia se tinha escollhido direito...
ResponderExcluirOba! Mais sobre o livro e a escritora na revista Domingo, http://jbonline.terra.com.br/leiajb/2010/04/25/revista_domingo/o_incrivel_mundo_do_azeite.asp . Imperdível.
ResponderExcluirOi, amo azeite e já tinha lido a matéria no jb, agora ficou impossível não ler o livro, vou buscar onde comprar.
ResponderExcluirabraço grande a todas,
clara
Ler o livro é ótimo, porque além das informações, muitas, o estilo da Rosa é uma delícia - ela vai conversando e contando tudo com leveza e bom humor, e acaba que a gente viaja junto...
ResponderExcluirVou experimentar o livro e as dicas...
ResponderExcluirSônia, nunca tive um suor com algum cheiro ativo. Depois que passei a tomar uma colher de sopa de azeite extra-virgem antes de dormir e incluir tahine na alimentação, passei a ter um odor, ao mais leve suor, que não suporto. Chamo de "suor oleoso". Você acha possível um dos dois ser a causa? Bjs, Patricia
ResponderExcluirOi, Patrícia, acho, e aposto no tahine. Um abraço!
ResponderExcluirSônia, mandou muito bem na aposta. Desde então parei com o tahine e o odor (eca!) diminui. Seguindo uma outra orientação, introduzi pimenta para que meu organismo excrete esse tahine, assim como o faria com toxinas. Apostaria nisso também? rsrs
ResponderExcluirBeijos, obrigada e um 2011 cheio de bem-aventurança para você.
Uai! Que legal! O livro da Rosa do azeite atraves da Sonia na net,pra comemorar vou tomar uma colherzinha de extra virgem,saude! ASSIS
ResponderExcluirSaúde, Assis! Mas você toma assim, de vez em quando, uma colherzinha?
ResponderExcluirCara Sonia: Saude! Li a sua pergunta da qual faco outra: qual a quantidade ideal para ingerir por semana uma colherzinha de azeite,entre outras informacoes a respeito,fico grato! Assis - Tenho uma surpresa p/ voce,deste aquariano,que conto depois,ta?
ResponderExcluirOi, Assis, eu acho o azeite extravirgem de oliva muito bom na comida, por cima dos vegetais e para refogar qualquer coisa. O uso diário de duas colheres/sopa costuma ser um bom patamar. Um abraço!
ResponderExcluirConheci a Rosa hj no programa de TV, estou encantada com seu conhecimento das especiarias e seus encantos. Preciso de um livro dela, por favor. Mas no momento não tenho condição de comprar.gostaria de receber pelo menos um livro para melhorar meu conhecimento sobre ervas e especiarias. Ficado muito grata e feliz.
ResponderExcluirObrigada.
Geilda
Conheci a Rosa hj no programa de TV, estou encantada com seu conhecimento das especiarias e seus encantos. Preciso de um livro dela, por favor. Mas no momento não tenho condição de comprar.gostaria de receber pelo menos um livro para melhorar meu conhecimento sobre ervas e especiarias. Ficado muito grata e feliz.
ResponderExcluirObrigada.
Geilda
Meu contato geuliana@gmail.com
ResponderExcluirAguardo resposta anciosa.
Geilda Uliana celestino
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