terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Comer bem: Só para quem gosta de alho

Caros colegas amantes do alho, acreditam que houve um Seminário do Alho na UniRio? Pois não só aconteceu de fato como podemos ter acesso a todas as informações clicando no link. Preparem as papilas gustativas porque é muito alho!

11 comentários:

  1. Salve, Sonia Hirsh! Estou surpreso que ninguém tenha comentado ainda esse super post do alho! Eu sou alhólotra assumido, não vivo sem. Muito bacana mesmo a matéria, achei que fosse encontrar aquela linguagem acadêmica sem sal mas que nada! Deixa te contar uma do alho: uma vez fui passar uma temporada numa comunidade no interior de SP e passei duas semanas ajudando na cozinha. Como o lance ali é o de praticar uma alimentação natureba sem alimentos estimulantes (por causa da meditação) o povo inventou que alho e cebola não entram de jeito nenhum na cozinha. Comidinha era boa, mas faltava um temperinho. Daí, feito moleque travesso, quando a responsável saía da cozinha, eu picava uns dentinhos de alho e jogava nos cozidos, que de uma hora para outra começaram a ser elogiados como nunca, há há há. Como se um alhinho e uma cebola refogadinha fossem tirar o Nirvana de alguém! Bueno, sobre o texto fiquei com uma dúvida sobre o lance de fazer o azeite aromatizado... eu costumo fazer da forma mais simples, uma cabeça de alho,cubro com azeite extra-virgem e deixo duas semanas guardado no armário escuro. Depois vou usando, mas uma vez deu errado, os alhos criaram bolor/fungo, perdi tudo. Já me disseram para fazer a mesma coisa, mas depois de duas semanas é para descartar os dentes e alho e manter o azeite na geladeira para conservar melhor...
    Outa pergunta Sonia Hirsch: vc já fez o azeite com manjericão? É preciso levar as folhas ao forno antes ou pode-se usá-las verdinhas mesmo? Por enquanto é isso, fiquei feliz que você passou lá no blog, depois tenho uma surpresa para ti, no domingo a gente se vê! BeijOM, paulocésare

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  2. Ah, pois é, Paulo, o pessoal tem mania de dizer que alho ativa as "baixas energias" e não usa. Os Hare Krishna também não usam cebola. No Japão o cheiro de alho era associado à classe mais baixa, que comia carne e trabalhava nos curtumes. Por isso os macrôs não põem alho no feijão.

    O mofo geralmente está ligado a umidade, então pode ser que houvesse algumas gotinhas de água na cabeça de alho que você cobriu com azeite. Eu deixo um mês e côo - encho 1/3 do recipiente com dentes de alho, casca e tudo, e completo com azeite.

    Ainda sobre alho e cebola: corre por aí há muitos anos que não se deve misturar os dois. Eu soube que quem inventou isso foi o falecido Flávio Zanatta, macrô de primeira hora, que um dia estava sendo entrevistado na TV e resolveu soltar essa para chamar a atenção...

    Beijo e até domingo na Feira Bacana!

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  3. Quanta coisa estes macrôs já não inventaram para terem ibope! Também vivi por um tempo num grupo sem comer alho e cebola pelo motivo mencionado. Quanta besteira! (risos)

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  4. Oi, Silvia, eu fui bem macrô mas nunca levei isso a sério. Entretanto, hoje faço a minha sopa de feijão preto sem alho - e fica ótima!

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  5. O link da sopa: http://www.soniahirsch.com/2009/06/sopa-de-feijao-preto-para-rins-e.html .

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  6. Ufa, adorei seu "espaço", pois adoro comer bem pra viver vem.
    Beijo doce.
    Te achei na TV Cultura.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Eita! Eu também sou viciada em alho. Cara, eu coloco alho em tudo, e depois fico comendo as folhinhas (manjericão, hortelã, cebolinha) para aliviar o halito. Dica de preto-velho, funciona que é uma beleza. Alias, se alguém se interessar, da mesma fonte: um alhozinho cru antes de uma prova ou entrevista importante. Se funciona, eu não sei, mas eu faço sempre! :)
    Mas enfim, falando de alho... às vezes eles me dão muitos gases! Em vocês não?

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  9. Parabéns, Sonia! Tive a felicidade de assistir hoje à TV Cultura e vi sua entrevista no Repórter Eco, e assim tive a grata satisfação de conhecer seu trabalho.
    Sou um aficcionado pela gastronomia e também um amante do alho.
    Sem delongas, quero fazer um comentário sobre a pergunta da Fernanda. É muito provável que o alho, exclusivamente, não é o culpado por gases intestinais, e que algo que você ingere COM alho é que causa isso.
    Costumo repetir sempre aos meus alunos uma frase que meu pai me ensinou (que ele sabe em latim, mas eu não): "Livros são como burros. Carregam o que a gente põe em cima". E hoje creio que isso é mais expressivo ainda, pois nesta citação antiga incluem-se hoje os inúmeros 'sites' da internet. Portanto o que eu escrevo aqui também pode ser contestado (rsrs).
    Então, Fernanda, a gente ouve certas coisas e às vezes passa anos acreditando, até que um bendito contesta, e a gente acaba descobrindo que é diferente.
    Veja bem, a maioria dos alimentos que contém carboidratos causa gases (alguns desses elementos não são perfeitamente digeridos, favorecendo a fermentação). E principalmente os açúcares: a rafinose do feijão, a lactose do leite e derivados, a frutose e o sorbitol, que se encontra naturalmente em frutas e até nos adoçantes. Aí tem mais o enxofre presente principalmente nas couves, repolho, carnes; e o amido da mandioca, pinhão, e das massas de trigo (o amido não é completamente absorvido no intestino delgado, e passa por intensa fermentação no intestino grosso).
    Mas o que interessa é "o que fazer?".
    O intestino não produz as enzimas necessárias para digerir todos os carboidratos, eles são fermentados por bactérias que ali normalmente residem. Certos alimentos foram tachados de flatulentos, mas esse fato não ocorre em todas as pessoas igualmente, isso se deve muitas vezes ao desequilíbrio entre tipos de bactérias benéficas e patogênicas presentes no intestino, a disbiose, e é por isso que algumas pessoas produzem mais gases do que outras. Então, uma maneira simples de evitar a flatulência é pela mudança na alimentação, favorecendo uma flora intestinal equilibrada.
    Dentre as principais recomendações que conheço está a ingestão de alimentos que contenham frutooligossacarídeos - FOS (chicória, ALHO, cebola, alcachofra, aspargo, tomate, banana e outros vegetais). Eles promovem seletivamente o crescimento das bactérias desejáveis ou não-patogênicas.
    Já escrevi demais, mas o que pode também ajudar é consumir lactobacilos, reduzir 'gorduras ruins' (industrializados, embutidos), reduzir açúcar refinado, comer mamão ou abacaxi (papaína ou bromelina) após a ingestão de carnes, mastigar bem os alimentos, e aumentar a ingestão de fibras, sem esquecer da água...

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  10. Que bom, Alexius, você deu uma aula para nós. Bem-vindo - e um abraço!

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